sábado, 8 de janeiro de 2011

VTS 01 1

Fábrica da Ford 1.928








AS FÁBRICAS DA FORD NA ERA DOS FORDINHOS ( 1.928 À 1.931 )


         Para você, que pensa que as Fábricas de Automóveis,  ou melhor,  as Montadoras do nosso tempo são enormes e muito produtivas, veja este fantástico relato sobre a realidade do Império da  FORD no final da década de 20.  Você , certamente, ficará atônito com as informações que receberá, sobre o tamanho, a capacidade de produção, a tecnologia da época, os itens fabricados e a auto-suficiência das Fábricas da  FORD MOTOR COMPANY.
         A  FORD empregava em 1.929,  200.000  funcionários nos Estados Unidos e mais 15.000 em diversos países,  sem contar com os 11.000 da FORD Canadá. Eram 35 Fábricas espalhadas no território Americano e mais 21 Fábricas e Companhias Associadas em diferentes países do Mundo.
         Sómente nos Estados Unidos, a  Ford  mantinha 9.500  Revendas e Serviços Autorizados.  As escolas da  FORD treinaram e graduaram 22.800 mecanicos, 17.734 vendedores,  5.877 Revendedores e 1.334  mecanicos de donos de frota.
         A Companhia tinha a capacidade produtiva de 2.000.000 de carros e caminhões por ano.  O Modelo A,  foi introduzido em 2 de Dezembro de 1.927 e,  em Janeiro de 1.930,  já tinham sido produzidas 3.000.000 de unidades, sendo que seu antecessor, o Modelo T, alcançou a incrível marca de 15.000.000 de unidades.

Fonte: www.clubedofordinho.com.br

" A Vida nos dá oportunidades de aprendermos viver".



HUMILDADE DO VICE-PRESIDENTE
JOSÉ ALENCAR

ESTE HOMEM A CADA DIA DÁ UMA NOVA LIÇÃO!

"A humildade não está na pobreza,
não está na indigência, na penúria,
na necessidade, na nudez e nem na fome".

Na semana passada, o vice-presidente da República, José Alencar, de 77 anos deu início a mais uma batalha contra o câncer. É o 11º tratamento ao qual se submete.

*Desde quando o senhor sabe que, do ponto de vista médico, sua doença é incurável?

JA - Os médicos chegaram a essa conclusão há uns dois anos e logo me contaram. E não poderia ser diferente,
pois sempre pedi para estar plenamente informado.
A informação me tranquiliza. Ela me dá armas para lutar.
Sinto a obrigação de ser absolutamente transparente
quando me refiro à doença em público. Ninguém tem nada a ver com o câncer do José Alencar, mas com o câncer do vice-presidente, sim. Um homem, público com cargo eletivo, não se pertence.

*O senhor costuma usar o futebol como metáfora
para explicar a sua luta contra a doença.
Certa vez, disse que estava ganhando de 1 a 0.
De outra, que estava empatado. E, agora, qual é o placar?

JA - Olha, depois de todas as cirurgias pelas quais
passei nos últimos anos, agora me sinto debilitado
para viver o momento mais prazeroso de uma partida:
vibrar quando faço um gol. Não tenho mais forças para subir no alambrado e festejar.

*Como a doença alterou a sua rotina?

JA - Mineiro costuma avaliar uma determinada situação dizendo que "o trem está bom ou ruim". O trem está ficando feio para o meu lado. Minha vida começou a mudar nos últimos meses. Ando cansado. O tratamento que eu fiz nos Estados Unidos me deu essa canseira. Ando um pouco e já me canso. Outro fato que mudou drasticamente minha rotina foi a colostomia (desvio do intestino para uma saída aberta na lateral da barriga, onde são colocadas bolsas plásticas), herança da última cirurgia, em julho.
Faço o máximo de esforço para trabalhar normalmente.
O trabalho me dá a sensação de cumprir com meu dever.
Mas, às vezes, preciso de ajuda. Tenho a minha mulher, Mariza e Jaciara (enfermeira da Presidência da República)
para me auxiliarem com a colostomia. Quando, por algum motivo, elas não podem me acompanhar, recorro a outros dois enfermeiros, Márcio e Dirceu.
Sou atendido por eles no próprio gabinete. Se estou em uma reunião, por exemplo, digo que vou ao banheiro,
chamo um deles e o que tem de ser feito é feito e pronto.
Sem drama nenhum.

*O senhor não passa por momentos de angústia?

JA - Você deveria me perguntar se eu sei o que é angústia. Eu lhe responderia o seguinte: desconheço esse sentimento. Nunca tive isso. Desde pequeno sou assim, e não é a doença que vai mudar isso.

*O agravamento da doença lhe trouxe algum tipo de reflexão?

JA - A doença me ensinou a ser mais humilde. Especialmente, depois da colostomia. A todo momento, peço a Deus para me conceder a graça da humildade.
E Ele tem sido generoso comigo. Eu precisava disso em minha vida. Sempre fui um atrevido. Se não o fosse, não teria construído o que construí e não teria entrado na política.

*É penoso para o senhor praticar a humildade?

JA - Não, porque a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento. Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo de outras pessoas para executar tarefas básicas. Pouco adianta eu ficar nervoso com determinadas limitações. Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas muito mais elevadas do que eu, como os profissionais de saúde que cuidam de mim. Isso vale tanto para os médicos Paulo Hoff, Roberto Kalil, Raul Cutait e Miguel Srougi quanto para os enfermeiros e auxiliares de enfermagem anônimos que me assistem. Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente tem menos importância do que o que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo. Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor.

*Essa sua consideração não seria uma forma
de se preparar para a morte?

JA - Provavelmente, sim. Quando eu era menino, tinha uma professora que repetia a seguinte oração:
"Livrai-nos da morte repentina".
O que significa isso? Significa que a morte consciente é melhor do que a repentina. Ela nos dá a oportunidade de refletir.

*O senhor tem medo da morte?

JA - Estou preparado para a morte como nunca estive nos últimos tempos. A morte para mim hoje seria um prêmio.
Tornei-me uma pessoa muito melhor. Isso não significa que tenha desistido de lutar pela vida. A luta é um princípio cristão, inclusive. Vivo dia após dia de forma plena, até porque nem o melhor médico do mundo é capaz de prever o dia da morte de seu paciente. Isso cabe a Deus, exclusivamente.

*Se recebesse a notícia de que foi curado, o que faria primeiro?

JA - Abraçaria minha esposa, Mariza e diria:
"Muito obrigado por ter cuidado tão bem de mim".

Enviado por: Dag Veloso